Porque estás no meu dia?
Porque eu te vejo onde quer que eu for?
Nas paredes da cidade ou nas areias da praia.
Porque deitas ao meu lado todas as noites quando eu vou dormir, acaricia o meu cabelo e então me abraça?
Invade meus sonhos e eu faço deles um refúgio onde você ainda está aqui, ainda somos um e caminhamos de mãos dadas entre a calçada e a areia, ainda rimos das mesmas piadas e sonhamos os mesmos sonhos.
De quem é este reflexo no espelho? O que me desconcertou? O que foi feito de nós?
Eu tento, eu finjo e prossigo, eu vejo a luz do sol e ando pelo caminho das pedras, mas em cada esquina está você, pronto pra me entorpecer outra vez.
Você se foi, mudou, escapou das minhas mãos como areia da praia, seria pretensão demais alcançá-lo agora. Seria tarde?
O que eu deveria dizer quando te visse?
Todas as palavras que me expõem e me delatam e me afogam por dentro?
Mesmo longe, você continua ao meu lado, ainda te vejo no espelho, no fundo dos meus olhos você produz lágrimas, ainda rio do seu jeito e revivo as melhores lembranças, ainda corrói meu coração aos poucos, em pequenos pedaços.
Eu deveria seguir adiante?
Por: Luiz Henrique Felix
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