Parece mentira mas não é! Existem pessoas que sofrem de um tipo de alergia que as impede de ter qualquer contato com a água. Tomar aquele banho demorado revigorante, ou ir a praia e piscina em dias quentes, nem pensar!
A urticária aquagênica foi descrita pela primeira vez em 1964 por Shelley e Rawnsley. É uma forma rara de urticária física, caracterizada pela formação de lesões após contato com água. As lesões surgem geralmente alguns minutos após o contato com a água de qualquer temperatura, podem medir de 2 a 3 mm de diâmetro localizam-se geralmente no tronco e parte superior dos braços e pernas e podem durar de 10 a 50 minutos. A doença ataca as mulheres com mais frequência do que homens e em geral inicia-se na puberdade. A ocorrência em crianças é mais rara.
Essa patologia não está completamente esclarecida, e várias discussões já foram levantadas em todo mundo. Alguns médicos sugerem que a reação da água com componentes de uma camada da pele ou das glândulas sebáceas formaria uma substância tóxica que seria absorvida pela pele, ocasionando a degranulação dos mastócitos que são células que contém no seu interior uma grande quantidade de grânulos cheios de histamina (substância envolvida nos processos de reações alérgicas. Essa degranulação causaria a liberação de histamina com consequente formação de urticas. Outros acreditam que exista um antígeno solúvel em água na epiderme que em contato com a água se difundiria para a derme, causando liberação de histamina pelos mastócitos. Outros mediadores como acetilcolina, serotonina e bradicinina possivelmente também estão envolvidos no desenvolvimento das lesões. De uma forma ou de outra, essa anomalia é bastante interessante. Não dá pra imaginar que existam pessoas que não podem curtir um banho relaxante depois de um dia cansativo!
Extraído de: http://diariodebiologia.com/2011/10/anomalias-da-medicina-o-que-voce-faria-se-tivesse-alergia-a-agua/
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