quinta-feira, 7 de junho de 2012

De acordo com estudos, proteína de lagarta pode regenerar tecido humano.

Proteína de lagarta pode regenerar tecido humano, aponta estudo


Pesquisadores do Instituto Butantan descobriram que uma proteína encontrada em lagartas pode ajudar na cicatrização e regenerar tecidos do corpo humano. De acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo, a descoberta deve auxiliar no tratamento de diversas doenças degenerativas, além da asma, do diabetes e de queimaduras.
Em entrevista à Agência Brasil, a diretora do laboratório de bioquímica e biofísica do instituto onde a pesquisa foi desenvolvida, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, afirmou que essa descoberta foi constatada após anos de estudo acerca da lagarta Lonomia. "No Sul do Brasil, essa lagarta é o motivo de acidentes em pessoas e esses acidentes geram problema de coagulação e hemorragias, podendo até ocasionar hemorragia cerebral e levar ao óbito", comentou. Esta foi a razão para que os pesquisadores desenvolvessem o estudo, na tentativa de descobrir qual era o mecanismo de ação do veneno.
Na segunda etapa da pesquisa, foram verificados outros componentes do veneno. Os estudiosos notaram que a proteína da lagarta, encontrada inicialmente nos extratos dos espinhos, protege as células da morte e estimula a produção de moléculas importantes na regeneração. "Ela [proteína] também aumenta a capacidade metabólica da célula, ou seja, sua energia, fazendo com que o processo seja mais rápido", explicou Ana Marisa.
Durante o estudo, os pesquisadores perceberam que, ao usar a proteína, a cicatrização em animais ocorreu 40% mais rápida, sem a formação de queloides (espécie de calombo ou ranhuras). Outra aplicação dessa substância seria no combate às rugas. "Acreditamos que ela [proteína] também possa ser utilizada como um dermocosmético, ajudando como um antienvelhecimento", frisou a diretora.
Até o momento, a substância foi aplicada em animais portadores de asma e úlceras diabéticas, e os primeiros resultados demonstraram a eficiência do medicamento na cicatrização do local afetado.
O medicamento ainda será testado em humanos. "Acreditamos que, se bem trabalhado, em um ano devemos ter resultados suficientes de segurança para depois podermos começar testes clínicos", constatou. Segundo Ana Marisa, a indústria farmacêutica estima que, no máximo em quatro anos, esse medicamento possa ser comercializado e usado em humanos.

Extraído: http://verde.br.msn.com/prote%c3%adna-de-lagarta-pode-regenerar-tecido-humano-aponta-estudo

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